sábado, 21 de março de 2015

Uma Historieta para Explicar o Capitalismo

Elaboramos a seguinte ilustração para comunicar, de forma mais didática possível, alguns princípios elementares do capitalismo de modo a demonstrar que ele não é o bicho de sete cabeças, o chacal carniceiro que nos ensinam no Brasil. O princípio de geração de riqueza, distribuição justa (que não significa igual), geração de empregos, motivação para o progresso e afins estão aí presentes de forma germinal. É apenas uma historieta, amigos, mas esperamos trazer alguma luz.

Bom, imaginemos um número de pessoas chegando à uma ilha. Inicialmente elas, cada uma em família, pegam uma quantidade de terras e começam a produzir valendo-se de uma cultura de subsistência. Tudo que produzem é criação. Se um produzir mais do que o outro, terá, necessariamente, mais, sem que, com isso, o outro tenha menos. Eis um princípio.
E é claro que haverá quem produzirá mais. Há pessoas que ficam contentes com o pouco que produzem, sem muitas ambições. Outros, movidos pela recompensa de seus esforços, trabalharam de modo dobrado. E há os que têm habilidades naturais para trabalhar, que também produzirão mais. Eis outro princípio valorizado pelo capitalista: a livre iniciativa e as recompensas justas do esforço. As famílias crescem e começam a produzir mais e mais.
Alguns desenvolvem produtos únicos. Conseguem produzir, organizando a família, até mais do que precisam. E querem comprar os produtos únicos de outra família. Resolvem permutar. Acontece que o preço dos produtos têm de ser estipulados. Pelo produto único A, produzido pela família X, a família Y quer dar tantos quilos de arroz e farinha. A família Z quer dar um pouco mais. Eis o princípio do valor subjetivo do produto. A família X, claro, desejará passar seu produto para Z. Se mesmo assim houver demanda, a família X poderá se empenhar um pouco mais para produzir mais e mais para vender. Ela até pensa em colocar o preço um pouco mais caro, visto que seu produto está sendo bastante requisitado. Ela pode até parar de produzir para subsistência para produzir seu produto único A. Então surge outra família que consegue desenvolver o produto único A. E vende um pouco mais barato. É claro que a família X deverá abaixar seus preços caso ainda queira vender. Com o preço nivelado, podem concorrer por quem oferece o melhor produto único A. Eis a lógica da concorrência. 
A mera troca nem sempre era viável para todos os produtos por questões logísticas. Daí que usar uma moeda comum passou a ser viável e, em comum acordo, passaram a usar uma para representar as posses. Acontece que, quando uma família produzia mais, não tirava, necessariamente, riquezas dos bolsos de outros. Antes, com o aumento da produção, passou a demandar mais trabalhadores do que a família poderia fornecer. Outros mais novos, que não os grandes patriarcas proprietários, resolveram vender o seu trabalho por salário. Havia várias famílias oferecendo trabalho, e quanto mais gente com dinheiro mais poder de compra havia, e maior era a demanda, aumentando a necessidade de contratos, mais empregos geravam. Se o povo ficasse desempregado não iriam ter dinheiro para consumir e logo não haveria produtos para serem pagos. As riquezas minorariam em sua produção. Assim, quanto mais produção, mais empregos. Quanto mais empregos, mais consumidores e assim sucessivamente.
Como havia mais oferta de trabalho, o trabalhador poderia escolher a que lhe dava melhores condições.  Além disso, havia produtos diversos, que não dependiam da terra ou coisas do tipo,  que eram locados também.
Eis um resumo, pra lá de conciso, da lógica capitalista.

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